Anualmente no mês de janeiro, Mônaco dá início à temporada do Campeonato
Mundial de Rally da FIA (WRC), com um lendário evento pelas estradas do
interior.
Um pouco de história...
Joia do Campeonato, o Rali de Monte-Carlo é o evento mais antigo do calendário.
Sua primeira edição, em 1911, teve como objetivo promover o turismo em Mônaco. As equipes partiram de várias cidades europeias para se encontrarem no Principado.
Este evento acontecia em janeiro para demonstrar que o clima do Principado nesta época do ano era excepcionalmente ameno. Hoje dois homens são considerados como os criadores deste rali: Gabriel Vialon e Antony Noghes. A Société des Bains de Mer financiava o evento que no primeiro ano contou com apenas 23 competidores na largada.
No ano subsequente, este número foi quadruplicado: era então lançado o Rali de Monte-Carlo!
Desde o primeiro vencedor em 1911, o piloto francês Henry Rougier, temos sido presenteados com milhares de favoritos e emoções, em um evento esportivo de altíssimo nível.
Os “Sebs”: Sébastien Loeb e Sébastien Ogier dominaram o Rali de Monte-Carlo, com 8 vitórias para o primeiro e 4 para o segundo, vencedor da edição de 2023!
O monegasco Daniel Eléna foi o fiel copiloto de Sébastien Loeb em suas primeiras 7 vitórias no “Monte”, de 2003 a 2013.
WRC, pioneiro em sustentabilidade...
A edição de 2022 do Rallye Monte-Carlo foi a primeira oportunidade de vermos em todo o seu esplendor os novos modelos híbridos recarregáveis, apelidados “Rally1”. De fato, o padrão totalmente térmico agora é coisa do passado.
A chegada dos híbridos ao Campeonato Mundial de Rali resulta na adição de um impulso elétrico de 100 kW, a autonomia totalmente elétrica é estimada em 20 km.
Por outro lado, a FIA designou a empresa P1 Racing Fuels para o fornecimento de um combustível 100% sustentável, ou seja, não utiliza nenhuma matéria fóssil, mas uma mistura de componentes sintéticos e bioderivados.
Portanto, o WRC atua como pioneiro, pois é o primeiro Campeonato Mundial da FIA a introduzir essa nova tecnologia.
Rumo a Gap…
Em 2022 e 2023, o Rali de Monte-Carlo ocupou o seu espaço no inverno do Principado de Mônaco.
Neste ano, a mãe das provas de Ralis subiu de latitude e, portanto, em altitude. Devido a grandes obras que já não possibilitam dispor de todas as áreas necessárias à montagem das instalações de assistência e das diversas infraestruturas no Principado, a Comissão Organizadora do Automóvel Clube do Mônaco optou por um retorno ao Departamento Francês de Hautes-Alpes, mais precisamente para Gap, cidade-sede de 2014 a 2021.
Com 14 desfiladeiros a serem atravessados ao longo das 17 etapas especiais, espalhadas por 5 Departamentos Franceses, o traçado desta etapa inaugural do Campeonato Mundial de Rali da FIA (WRC) de 2024 ganhou altitude. Podemos esperar um percurso ainda mais nevado do que nas edições anteriores.
No entanto, a largada oficial, o final do evento e a cerimônia de entrega das premiações continuarão a ser organizados em Mônaco, na icônica Place du Casino.
A Lenda perdura...
Para terminar em grande estilo, a última etapa especial será a lendária: La Bollène-Vésubie / Col de Turini, que servirá de Power Stage.
Essa etapa especial, era disputada na neve, à noite, no frio. Alegria e desespero, triunfo e fracasso, os pilotos enfrentavam de tudo um pouco e assim surgiu essa lenda. Por muitos anos, o Col de Turini chegou a fechar o Rali de Monte-Carlo, em apoteose.
Um duelo nas alturas...?
Ausente desta edição, Sébastien Loeb enviou um SMS no final da edição de 2023 ao vencedor Sébastien Ogier, a fim de parabenizá-lo e deixar encontro marcado para as próximas disputas pelas sinuosas estradas da região, em busca da revanche.
Na realidade, Loeb conta voltar a pontuar, vencendo o rali monegasco em 2024!
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Créditos das fotos:
©ACM/ Olivier Caenen / Stephane Demard / Julien Perez Alonso / Jean-Marc Follete / Joris Clerc - ©Cedric Bovini